
Sinto uma simples saudade...
Aquela simples separação pelo tempo, de espaço, entre corpos...
e a simplicidade dá espaço à falta... do outro.
A falta de no meio da noite as mãos espalmadas na cama procurar abrigo, e não encontrar.
Falta de uma xícara à mesa no café e de uma toalha de banho estendida na cerca.
Aquela falta do sorriso, do riso, da voz ao ouvido,
de um ‘eu te adoro’ antes de deitar.
Saudade, daí, vira impaciência, querer fugir, buscar, correr, ir de atrás,
é querer voltar o tempo, e te arrancar dali,
querer tocar... e não poder.
Saudade é sentir dor, e fazer sangrar nos poemas.
Procurar consolo nos versos, e não conseguir encontrar,
é dizer um ‘volto logo’ e lamentar não cumprir,
é ouvir um ‘te espero’ sem saber se é verdade.
Saudades, até a metade são pequenas,
aí vai se colocando os dias num baú, e se chora, por não caber mais no peito.
Saudade é quase sentir a presença da alma que se foi com o vento,
é fechar os olhos e lembrar do beijo que não era pra ser o último, mas acabou sendo.
É falar ‘eu te amo’ e ouvir um silêncio...
Sentir saudade é viver assim... um de cada lado de um lugar,
é imaginar o que seria, se não fosse,
é simplesmente deixar de existir... de tanto amor!
Carine Da Pieve.
Ijuí,RS
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