

Não estou pronta
Sou um ser inacabado
Vaso de barro
Peça de escultura em reparo
Nas mãos do oleiro, moldado
O que sei de mim
é o que recolho
das lamas do meu manguezal
O que desconheço
está imerso nas areias amarronzadas
do meu íntimo abissal
A imagem no espelho
fita-me atônita
clama por uma resposta
uma palavra tônica
um gesto, um simples rito
Nada acontece
Apenas o cavernoso silencio permanece.
http://ursulaavner.blogspot.com/
* Úrsula Avner *
Um comentário:
Querida Maura, muito obrigada por sua adorável homenagem num gesto de gentileza e carinho que me enternece. Fico feliz que tenha gostado do poema. Bjs no coração.
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